Devemos investir em qualificação profissional?
As perspectivas para 2010 são as melhores que eu já vi nos curtos anos da minha vida. Tanta euforia, plenamente justificada pelo momento que passa o Brasil: Copa do Mundo, Olimpíadas, eleições, descobertas e mais descobertas de petróleo, já causam por si só bastante euforia, mas ainda podemos acrescentar a baixa inflação, a valorização do real, o volume de dinheiro liberado no mercado com a finalidade de financiar a compra de automóveis, casas, etc..
Com esta onda de mais crédito o setor imobiliário prevê crescimento, principalmente com a melhoria da renda das classes C e D, onde o setor pretende dar enfoque considerando o déficit habitacional.
Outro dado importante são os investimentos pomposos das multinacionais. O Walmart, por exemplo, anuncia investimentos de R$ 2,2 bilhões e abertura de mais de 100 lojas no Brasil. O volume é o dobro do aplicado há quatro anos e 37,5% acima do aplicado em 2009.
As montadoras por sua vez deverão cravar no ano uma nova marca recorde de produção: 3,4 milhões de unidades. Essa meta é amparada por um expressivo programa de investimentos de US$ 25 bilhões, previsto para até 2014.
Porém com o aumento da produção haverá necessidade de novas contratações e hoje o Brasil não tem mão de obra qualificada e isto é motivo de preocupação.
Muitos fomentam a ideia de que é preciso investimentos imediatos em qualificação profissional. Eu concordo com a afirmativa, mas tenho uma pergunta: como qualificar em um curto período de tempo?
Pessoa qualificada, em minha opinião, não é sinônimo de pessoa com conhecimento técnico específico para desempenhar uma tarefa. Para uma pessoa ser, realmente, qualificada ela deve receber uma carga de valores morais e éticos, que geralmente vêm da sua educação familiar e escolar. Estes valores não se cultivam da noite para o dia, é preciso semear hoje para colhermos daqui a cinco/dez anos.
É preciso sim, investir imediatamente em qualificação profissional, mas também na educação de base e na estruturação da família.
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